Beatriz Lemos Manzo

Hoje eu passei a noite em claro, quem disse que para perder noites de sono é preciso estar com um neném em casa? Basta ter uma neném espertinha, que quer te mostrar a todo minuto que ela está ali, que tá apertado já, que ela quer te conhecer, quer sentir o seu cheiro e se alimentar de você.
Cada dia se aproxima mais o nosso encontro. Sabe aqueles namoros da adolescência que você só conversa com a pessoa pela internet e por telefone, imagina várias situações e quanto mais o tempo passa mais você fica apegado, dependente daquele afeto, daquele amor... e quando o dia do encontro vai se aproximando, seu coração dispara constantemente e o frio na barriga aumenta a cada segundo? Multiplica isso umas 10x e você vai entender um pouquinho da ansiedade de esperar um filho. É como se eu esquecesse tudo que me faz mal, é como se eu reservasse o meu melhor sorriso pra dar pra ela quando ela me olhar pela primeira vez, me falta ar, imaginar o seu rostinho é como jogar na mega sena (impossível ter certeza).
Hoje você me fez perder a noite inteira de sono, muito incomodo rolar na cama, muitas dores pra ficar sentada e nenhum passatempo essa madrugada era mais perfeito do que sentir todos esses rolamentos malucos, duplos twist carpados, grand jetés e piruetas que você arruma aqui dentro de mim.
Levantar ir no banheiro, deitar e você fazer festa, pressiona minha bexiga mais um pouco, hora de ir ao banheiro, volta e deita (e você parece fazer a maior hora com a minha cara), levanta, bebe água, deita, tira um cochilo, sonha que tá no banheiro, acorda desesperada quase fazendo xixi nas calças, cochila de novo, sonha com banheiro, acorda assustada achando que vai fazer xixi nas calças e você cochilou sentada na privada quem nunca?
Você louca pra sair, eu doida pra ver você...
Você me consola sem ter que me olhar nos olhos, você me emociona pelo simples fato de crescer e ganhar peso, você me faz sentir um amor que eu achava impossível existir, pq é muito estranho ver o quanto ele se multiplica a cada dia.

~ Vem logo, a ausência da sua presença física mesmo sem ter existido ainda, faz falta.











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